quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
fazenda
Olá, queridos!
Cartas de hoje, dia de Mercúrio, na 2ª hora de Júpiter: A Casa (♥ Rei de Copas ♥) + as cartas de corte: O Cigano (Ás de Copas) e O Cavaleiro (9 de Copas). A carta da casa rege a casa IV da mandala astrológica, casa de Câncer, onde temos Júpiter retrógrado e Lilith em trânsito, e representa segurança emocional, equilíbrio, proteção, bem como o nosso eu, o nosso lar, a nossa intimidade e a nossa família. A carta do cigano, de novo hoje por aqui, é regida por Marte e representa os homens que visitam este espaço, bem como o homem mais importante da vida das mulheres desta egrégora. Também temos aí a nossa maneira de agir representada, já que a regência da carta é de Marte. A carta do cavaleiro é regida por Mercúrio, planeta responsável pelos pensamentos e comunicações, e representa o portador de mensagens, aquele que leva e traz, que faz e acontece, que vibra coerência entre palavra e atitude, o guerreiro corajoso e veloz. O nobre cavaleiro carrega ainda a proteção dos Exus e do Arcanjo Miguel.
Aspectos do Céu:
No céu do dia temos a Lua minguante em Libra conjunta a Marte e reforçando as duas quadraturas em T, uma com Urano em Áries e Sol em Capricórnio e a outra com Urano em Áries e com Plutão em Capricórnio. Júpiter retrógrado em Câncer se opõe a Plutão em Capricórnio e faz trígono com Saturno em Escorpião. Lilith em Câncer também faz trígono com Saturno escorpiano. Netuno em Peixes faz bisextil com Nodo Norte em Escorpião e com Sol e Mercúrio conjuntos em Capricórnio. Vênus retrógrada em Capricórnio está sem aspectos. Meio do Céu em Peixes e Ascendente em Gêmeos na hora da tiragem das cartas.
Conselho do Dia:
A lua míngua conjunta a Marte em Libra, signo da diplomacia e gentileza. Mas ela entra na luta dos poderosos de plantão, Urano, Plutão e Marte, em forte e explosivo exercício de contradição. Um pequeno tropeço no equilíbrio interno e toda a tendência gentil pode ir pelos ares. Mas olha como o arranjo do céu é sempre perfeito! Hoje é dia de Natal, feriado nacional e agregador da família e dos amigos. Como disse aqui na última postagem, muita gente íntima reunida sempre pode embutir, em meio à alegria da chance de matar a saudade, mágoas e desafetos por vezes bem disfarçados durante anos. E eles têm agora terreno fértil para sair das tocas. Os ânimos estão exaltados e qualquer faísca pode virar incêndio. E aí entra a diplomacia da lua libriana, que chega como agente apaziguador, querendo ouvir os dois lados e entrar num acordo que satisfaça a ambos. Conjunta a Marte, ela faz nesta trama o papel de bombeiro, ativando a ação de salvar o povo que se dispuser à discórdia. Bacana isso. Temos aí a perfeita execução do exercício de contradição, que lança seus desafios mas também oferece a chance de uma saída para eles. E é assim que a gente cresce, quando há disposição para encarar os nós e desembaraçá-los. De qualquer forma, a emoção pega forte hoje, até mesmo esse Marte libriano tão imparcial, que prefere ficar quietinho, só observando, pode ser chamado a se envolver de verdade e com verdade. Com Plutão e lua na parada o buraco é bem mais embaixo, bem mais profundo. Se situações difíceis vêm à tona afinal, é melhor mergulhar nelas do que fazer de conta que não existem e engolir sapos que vão fermentar e adoecer ainda mais. É cura para todos os envolvidos, é cura para a família, tão em foco não apenas no dia de hoje, mas (e especialmente) em tempos de Júpiter retrógrado no signo de Câncer, o berço, a mãe, lugar do princípio das emoções em cada um de nós e que constitui a base de todo o nosso arranjo sentimental. Se esta base estiver doente, toda a nossa sinfonia relacional fica comprometida e saímos por aí enfiando os pés pelas mãos nas outras parcerias que fazemos ao longo da vida. O que está em evidência então é o amor. E talvez exatamente por isso a Vênus retrógrada em Capricórnio esteja sem aspectos com o resto do céu, aguardando a nossa cura para que saibamos então estabelecer laços mais maduros nas parcerias emocionais que formamos para além da família que nos deu origem.
No mais, Mercúrio agora também transita pelo signo de Capricórnio, trazendo mais seriedade aos diálogos e mais coerência e praticidade aos nossos pensamentos. Cada vez mais próximo do Sol, ele também provoca uma abertura sensacional na intuição. Aproveitem!
As cartas nos trazem o Cigano (Marte) em destaque, sendo chamado a agir, se posicionar, ter atitude (O Cavaleiro) lá onde mora a raiz das coisas, a casa, a família, lugar onde temos segurança para expor nossas fraquezas e transmutá-las (A Casa). Um chamado da alma, da essência, do barro de que somos feitos. Júpiter está lá, em Câncer, casa IV da mandala astrológica, e em trígono com Saturno, nos possibilitando transformar lama em barro construtor. Reparem que todas as cartas de hoje carregam o naipe de Copas. A argamassa para erguer a construção é o amor, viu gente?
Também temos a saudade aí evocada, a lembrança da força do ninho que nos acolhe, especialmente para os que estão distantes do lar ou para quem já teve um lar e não tem mais. E aqui vai um convite para observar a importância desse lar, que também é o que fazemos do nosso espaço interior, a morada que construímos no coração e que não pode ser tirada de nós. Olhem bem para a imagem desta carta, que é o destaque da tiragem e que ilustra este post. As ameaças ficam do lado de fora (os urubus sobrevoando); a vaidade (o ego) também está do lado de fora (o pavão); lá dentro tem luz, que sugere calor e acolhimento; lá dentro tem escuridão também, proporcionalmente menor que a claridade, mas está lá, somos feitos de sombra e luz afinal. Que saibamos dar conforto à nossa alma. Tá tudo dentro, é só querer.
A canção de hoje já passou por aqui, mas merece voltar para embalar esta postagem. De Milton Nascimento e Nelson Ângelo, desta vez pelas lindas vozes dos meninos do Boca Livre: Fazenda.
Gratidão!
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Texto: Lilian Guedes
Baralho: Mystical Lenormand
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