segunda-feira, 24 de março de 2014

esquadros


Olá, queridos!

Cartas de hoje, dia da Lua, na 2ª hora de Júpiter: A Cegonha (Rainha de Copas) + as cartas de corte: A Cegonha (de novo!) e O Anel (Ás de Paus). A carta da cegonha rege o signo de Áries, onde temos o próprio Sol e Urano em trânsito, o planeta irreverente que muda as coisas sem aviso. A Cegonha representa novidades, surpresas, mudanças repentinas e para melhor. A carta do anel rege o signo de Touro, 1º domicílio de Vênus, e representa as nossas parcerias amorosas e sociedades.

Aspectos do Céu:
No céu do dia temos a lua minguante em Capricórnio em conjunção exata com Plutão e, junto com ele, envolvida na quadratura em T com Urano em Áries e Júpiter em Câncer. A lua faz ainda sextil com Mercúrio em Peixes. Às 22h35 a lua inicia um sextil com seu dispositor, Saturno R em Escorpião, que até lá está sem aspectos. Mais tarde, às 22h54, a lua inicia quadratura com Marte R em Libra, também sem aspectos até lá. Nodo Norte em Libra, conjunto a Marte R, faz quadratura com Lilith em Leão. Marte R em Libra está sem aspectos. Lilith em Leão faz trígono com o Sol em Áries. Júpiter em Câncer quadra o Sol em Áries e faz trígonos com Mercúrio e Netuno conjuntos em Peixes. Vênus em Aquário está sem aspectos. Meio do Céu em Touro e Ascendente em Leão na hora da tiragem das cartas.

Conselho do Dia:
A lua minguante em Capricórnio está no abraço de Plutão e, junto com ele, diretamente envolvida na quadratura em T com Urano e Júpiter. Ela se harmoniza com Mercúrio e mais tarde também com seu dispositor, Saturno. No fim da noite ela se indispõe com Marte. Com a fase minguante, que vai até dia 30, chegamos ao desfecho da lunação pisciana com quem atravessamos o portal do ano astrológico. Hora de abrir as comportas e deixar escoar para receber a lua nova de Áries com o fundo do poço limpinho. Esta é a primeira lua minguante do novo ano astrológico e de cara ela encontra Plutão no reino das cabras, poderosa e desafiada por Urano, que não quer saber de nada requentado. Júpiter atiça o conflito, talvez exatamente para que ele se torne insuportável e as coisas se encaminhem enfim para a resolução. Por outro lado, é o próprio Júpiter que também oferece a saída, expandindo os valores essenciais, valores da alma e de sua ancestralidade (casa IV/Câncer/emoções primeiras). A alma conhece a missão, ainda que a mensagem esteja cifrada. Mercúrio em Peixes, entre Netuno e Kíron e conjunto aos dois, vai na contramão da racionalidade que se espera dele e quer nos ensinar uma nova linguagem, justamente aquela que fala à alma. Enquanto isso, os dois retrógrados do céu, Marte e Saturno, estão sem aspectos até mais tarde, quando a lua os aciona novamente. Primeiro harmoniosamente com Saturno R, seu regente. Depois com Marte R, em conflito. Com Saturno ela se alia em responsabilidade pelo que pode ter sido negligenciado no passado e aguarda comprometimento. Coisas de alma, já que Saturno atravessa Escorpião. Com Marte ela se estranha, na tentativa de fazê-lo enxergar o que precisa refazer. Quem sabe a própria dignidade perdida, como a coragem de assumir e escolher por si mesmo de que lado quer ficar, sem se importar com a aprovação alheia? Desafio para os fortes! A saída está em algum lugar nos nossos registros internos e quanto mais centrados mais capazes seremos de encontrar o ponto de mutação. A mudança é inevitável, mas podemos escolher entre empreendê-la ou sermos arrastados por ela. E vejam bem, esta escolha é importantíssima, porque ela nos distingue entre alguém que está com a mão sobre o cetro, rei de si mesmo, e alguém que entrega o próprio poder em outras mãos. Todo mundo quer a primeira opção, mas para merecê-la é preciso despertar a coragem, o eu guerreiro. Fazer escolhas é correr riscos, é admitir o humano em si, passível de falhas mas também merecedor de conquistas, fazedor da própria história.

E não é este o processo pelo qual todos nós estamos passando? Quanto mais sabemos, mais esponjas somos do conhecimento. E é claro que essa busca nos esvazia das certezas. Somos contradições perambulantes até que estejamos tão unos com o coração que a mente tenha bem menos chances de nos pregar peças. Sabemos o que queremos e a vida nos testa, é claro, porque lá em algum lugar do nosso poço profundo ecoa a voz impiedosa da nossas memórias, sugerindo que não somos merecedores. Continuo acreditando que confiar é o caminho da conquista daquilo que queremos. Mas é claro que temos que viver com entusiasmo e gratidão os nossos dias mesmo que ainda não pisemos o chão ideal, aquele com o qual sonhamos. Porque se a gente deixa de fazer as coisas com paixão, a gente também deixa de acreditar. O universo entende que a gente nem quer mais, desistiu. E quem desiste morre mais depressa. Também vivo esse paradoxo. Muitos de nós, acredito. Meus sonhos me movem e por vezes me pergunto se não estou sonhando errado. Faz parte. Também temos a chance de mudar de ideia se quisermos. Mas o coração reconhece e agradece cada contrato refeito (da gente com a gente mesmo) na direção da nossa missão. O corpo inteiro vibra em luz e a gente aprende a poderosa diferença entre alegria e felicidade.

As cartas nos trazem a Cegonha em destaque e duplicada, com o Anel por recheio. Essa aliança é com a gente mesmo, assumindo e liderando a mudança em nós. É assim que a vida se renova verdadeiramente.

Hoje vamos de Adriana Calcanhoto, com Esquadros.

Gratidão!
_/\_

Texto: Lilian Guedes
Baralho: Mystical Lenormand

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