quarta-feira, 30 de outubro de 2013
resposta ao tempo
Olá, queridos!
Cartas de hoje, dia de Mercúrio, na 2ª hora de Júpiter: O Cavaleiro (9 de Copas) + as cartas de corte: O Buquê (Rainha de Espadas) e Os Caminhos (Rainha de Ouros). A carta do cavaleiro é regida por Mercúrio, planeta responsável pelos pensamentos e comunicações, e representa o portador de mensagens, aquele que leva e traz, que faz e acontece, que vibra coerência entre palavra e atitude, o guerreiro corajoso e veloz. O nobre cavaleiro carrega ainda a proteção dos Exus e do Arcanjo Miguel. A carta do buquê é regida por Júpiter, o grande benéfico do astral, e representa sorte, felicidade, mimos, gentileza, belas surpresas e realizações, além da proteção da sábia orixá Nanã Buruquê. A carta dos caminhos rege o signo de Libra, o dono da lunação que se finda, e nos fala essencialmente de escolhas, mas também da fluência do nosso próprio caminho, de como fazemos a nossa caminhada na vida.
Aspectos do Céu:
No céu do dia temos a lua minguante em Virgem quadrada a Vênus em Sagitário e em sextil com Júpiter e com Lilith em Câncer. Marte em Virgem está em bisextil com Sol e Mercúrio retrógrado em Escorpião e com Plutão em Capricórnio. Lilith em Câncer faz trígono com Mercúrio retrógrado em Escorpião. Urano retrógrado em Áries quadra Plutão em Capricórnio. Netuno retrógrado em Peixes faz trígono com Sol escorpiano. Meio do Céu em Capricórnio e Ascendente em Áries na hora da tiragem das cartas.
Conselho do Dia:
Hoje a lua quadra Vênus, gerando em nós uma certa insatisfação com o que temos, tanto em termos de relacionamentos quanto de valores, aquela amarga impressão que a grama do vizinho é mais verde que a nossa, sensação que pode influenciar negativamente o nosso senso para as escolhas e ativar carências tolas, sem sentido. A situação parece pior do que realmente é, por conta da intensidade crescente disparada pelo importante stellium no reino de Escorpião. Importante estar ciente disso para entender que o problema não está no outro, mas em nós. Estamos todos sujeitos às instabilidades emocionais fortemente acentuadas pela configuração astral que remexe dentro e acelera o nosso metabolismo, ora acelerando demais como se houvesse urgência em tudo resolver de uma vez, ora despertando o desejo de desistir ou desaparecer para voltar só depois. Depois do quê? Pois é. A sensação é mais ou menos essa, de um tudo ou nada impossível de explicar. O caminho é o da auto-observação, silenciosa e minuciosa, em busca de uma consciência maior de si. E é exatamente por causa disso que a maioria de nós se sente perdida, afinal não fomos nem somos acostumados a olhar para dentro. Os apelos estão sempre fora, a beleza admirada é a externa, a importância das pessoas é vinculada ao que elas têm e não ao que elas são, sentir está fora de moda, responsabilizar-se mais fora de moda ainda e a culpa é sempre do outro. E assim caminha a insanidade, a passos largos, de mãos dadas com todas as doenças modernas. Mente insana, corpo insano. Só conseguimos mudar alguma coisa fora de nós quando o dentro se compromete primeiro. Só conseguimos nos relacionar com verdade quando somos inteiros. Só damos o amor que conhecemos. Como podemos oferecer qualquer coisa sem primeiro tê-la? A parte capenga de nós não consegue manter nada, apenas finge que dá conta. E assim nos arriscamos em jogos de manipulação infinitos, ferindo e ferindo-nos. Isso se parece com amor? Pode até parecer, mas não é. Amor é outra conversa. E talvez seja exatamente isso a que estamos sendo convocados a resolver. Em nós primeiro, os nós. Não é bastante coerente o apelo de Escorpião, signo que traz em si a vida-morte-vida, justamente no final da lunação de Libra, que tem por foco a relação íntima com o outro? Como compartilhar uma alma perdida de si? Como pedir ao outro para acorrentar-se a nós ou nos servir de muleta, de tábua da salvação? Como responsabilizar o outro pelo cuidado e polimento da jóia única que carregamos dentro? Não é mais sensato caminhar juntos, lado a lado e nutrindo admiração constante e crescente? Que possamos refletir nestas questões tão íntimas com a atenção e o carinho que elas merecem de nós, porque sem dúvida aí mora o segredo para relações mais saudáveis e felizes.
As cartas nos trazem o nobre cavaleiro (Mercúrio) para nos vestir com a coerência entre palavra e atitude, condição básica para que avançemos, seja qual for a direção pretendida, que aliás precede o cavaleiro (Os Caminhos/Libra) junto com o Buquê, para nos lembrar que antes de mais nada precisamos nos nutrir com generosidade para que tenhamos condições de fazer nossas escolhas. Coragem!
A canção de hoje, além de belíssima, tem tudo a ver com o tema. De Cristovão Bastos e Aldir Blanc, pela voz de Nana Caymmi: Resposta ao tempo.
Gratidão!
_/\_
Texto: Lilian Guedes
Baralho: Mystical Lenormand
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